H. Z. Wendell
Vivemos em um mundo de uma riqueza imensurável de informações que gera, na mesma proporção, uma profunda pobreza de atenção. Portanto, são requisitados profissionais que conhecem os caminhos para captar a atenção e, mais que isso, manter o interesse do público em meio a superabundância de fontes de informações.
Estou falando do universo chamado de Economia da Atenção, onde ideias, tempo e talentos são commodities e o recurso mais escasso – como água no deserto – é a atenção do consumidor. Tempo e atenção são tão valiosos quanto o lucro da marca – a deusa Mídia, personagem do livro “Deuses americanos”, de Neil Gaiman, deixou claro esse conceito. Isso foi reforçado pelo instituto de pesquisa Statistic Brain (EUA) que revelou que o nível de concentração caiu de 12 para 8 segundos desde 2008.
Compreender e gerenciar a atenção são prioridades para quem deseja êxito nos negócios. O storytelling tem tudo a ver com tudo isso, porque histórias capturam a atenção e mantêm o interesse. A Antropologia e a Biologia concluíram há muito tempo que um dos fatores de sobrevivência da espécie humana foi a capacidade de contar histórias e, assim, manter vivos o conhecimento, as relações humanas e o imaginário.
E a neurociência já revelou que não prestamos atenção em coisas chatas. Portanto, contar boas histórias é o único caminho para o sucesso de sua marca.